Azure Notebooks
Olá pessoa!
Um dos lançamentos recentes da Microsoft é o Azure Notebooks, já ouviu falar? -Vamos olhar um pouco mais de perto como esse cara funciona!
Se você já mexeu com inteligência artificial, data science ou algum tipo de experimento com dados, é muito possível que você conheça o Jupyter Notebooks.
Trata-se de um projeto open-source que permite criar o que chamamos de Notebook. Ok, mas o que significa isso?
Na prática um notebook é uma uma ferramenta em que você pode colocar: anotações, gráficos e até código. Essa é a parte mais legal, o notebook possui um kernel para executar seu código.
Com isso é possível ter no mesmo lugar, uma explicação com texto e imagens, utilizando Markdown, código executável e até plotar gráficos.
E o que o Azure Notebooks tem a ver com o Jupyter? -Tudo.
O Azure Notebooks é um serviço gratuito que incorpora o Jupyter e permite realizar tudo através do navegador. Além disso, no caso do Azure Notebooks é possível utilizar F# (❤) como linguagem para seu notebook.
Vamos dar uma olhada nele?
Primeiro acesse: https://notebooks.azure.com/
Depois de criar a conta e nos autenticarmos é possível acessar “My Projects”, que permite visualizar e criar novos projetos, vamos fazer um!
É possível criar seu projeto a partir de um repositório no GitHub ou criá-lo em branco. Para este post vamos seguir criando do zero, quem sabe a importação do GitHub fique para um post futuro.
Ao pressionar o botão “New Project” nos deparamos com uma janela simples, onde precisamos informar o nome do projeto, indicar se ele é público ou privado e se conterá um arquivo README.
Tudo muito semelhante a um repositório do GitHub, certo?
Depois de criarmos nosso projeto, é possível incorporar múltiplos arquivos nele:
Você também pode notar os botões: Clone e Star, novamente, assim como um repositório do GitHub. O botão ”+” é onde iremos adicionar coisas ao nosso projeto. Ele trás quatro opções básicas: Notebook, Folder, Blank File e Markdown.
Vamos criar nosso Notebook!
Assim que o criamos, ele ficará disponível na lista de arquivos, vamos entrar e ver como isso funciona.
Se você já utilizou o Jupyter, verá que é praticamente a mesma coisa, caso contrário, vamos ao básico!
A primeira coisa importante é entender as divisões do Notebook, ele funciona basicamente através de células. Cada célula contém um tipo, como code ou markdown, por exemplo.
Além das células, temos a caixa de ferramentas, que permite realizar as operações comuns, como adicionar uma célula, alterar o tipo dela, executar a célula selecionada e abrir a lista de comandos.
O tipo indicado na barra de ferramentas sempre está relacionado à célula selecionada atualmente, veja:
Vamos alterar o tipo para Markdown e criar um cabeçalho:
Veja que ele ainda não se parece com um cabeçalho, mas sim, com o markdown cru. Isso porque ainda não executamos esta célula, basta clicar em “Run” para ver o resultado.
A partir daqui você pode incluir suas células e executar o código Python que desejar!
Vamos fazer um exemplo com algo que gere um resultado visual. Para isso, vamos utilizar a pandas
e a numpy
. Então, vamos começar com as importações:
Neste momento podemos notar dois comportamentos no Notebook:
- O asterisco ao lado da célula;
- A mudança na cor do ícone do Kernel;
As duas coisas estão relacionadas ao processamento que está sendo executado. O asterisco indica que a célula está sendo processada e o ícone do Kernel indica que ele está “trabalhando”.
Até aqui, tudo tranquilo, certo?
Agora vamos gerar um DataFrame com a pandas
! Ou seja, vamos criar uma nova célula abaixo, e utilizá-la como se estivéssemos em um código Python normal. Aliás, esteja a vontade para incluir uma breve descrição também.
Vamos gerar o DataFrame com números sequenciais de 1 até 6, separando-os em três colunas (Primeira, Segunda e Terceira) e duas linhas:
matriz = pandas.DataFrame(numpy.array([ [1,2,3], [4,5,6] ], dtype=int), columns=["Primeira", "Segunda", "Terceira"])
Ao fazer isso e executar a célula, não veremos nenhum resultado.
No entanto, se incluirmos uma linha abaixo obtendo o valor da variável matriz
, podemos visualizar o DataFrame:
Legal né?
Por fim, vamos gerar um gráfico utilizando a função .plot.bar()
do DataFrame:
matriz.plot.bar()
E o resultado pode ser conferido abaixo:
O mais legal é que temos tudo isso no mesmo lugar.
Você pode acessar o Notebook completo aqui.
Qualquer dúvida ou sugestão, deixem nos comentários!
E até mais.
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